sábado, 30 de junho de 2012

Isso só acontece no Viaduto



quarta-feira, 27 de junho de 2012

Varal do Viaduto

Feira Cultural não pode! Mas varal da FASC sim!


quarta-feira, 20 de junho de 2012

Referência da boemia cultural, "bar dos cartunistas" está deixando o viaduto da Borges de Medeiros


O dono perdeu o imóvel porque deixou de pagar condomínio quando, nos anos 1990, sofreu um acidente de carro e permaneceu em coma durante várias semanas

Foto: Edgar Vasques / Reprodução

Por Daniel Feix - Zero Hora


É o fim.

Do jeito que o conhecemos, o Tutti Giorni, identificado como "o bar dos cartunistas", mas também um grande ponto de encontro de músicos, artistas e escritores, todas as terças-feiras na Capital, acaba nesta semana.

Ernani Marchioretto, o Nani do Tutti, até ameaçou se acorrentar à frente do bar, na terça, num protesto contra a decisão judicial que minou a muvuca no viaduto da Borges de Medeiros, no centro da cidade. Coisa que quem o conhece sabe que ele não vai fazer: resignado, Nani procura outro espaço para o Tutti, e já está "quase acertado" com um imóvel na Rua dos Andradas.

– Estou triste porque não há mais o que fazer, mas continuo tendo razão para estar indignado – protesta.

Hoje o único proprietário, Nani perdeu o imóvel porque deixou de pagar condomínio quando, nos anos 1990, sofreu um acidente de carro e permaneceu em coma durante várias semanas. Sem conseguir renegociar a dívida, seu advogado ainda alegou que há jurisprudência para o não pagamento da taxa em casos de pontos comerciais com entrada externa no edifício, caso do Tutti.

– Não uso portaria, luz, nada dos espaços comuns do prédio – ressalta Nani.

Não adiantou. O local foi a leilão e, depois de 23 anos funcionando num dos mais belos cartões-postais da Capital, o Tutti vai se mudar. Talvez ainda abra na semana que vem – a data da entrega do imóvel é o próximo dia 2. Talvez, segundo o dono. A despedida é nesta terça.

– Isso é o reflexo da pobreza do nosso pensamento sobre a cidade – define o artista gráfico Rodrigo Rosa. – Toda a extensão do viaduto da Borges deveria estar repleta de bares e vida social. Deveria ser um lugar vivo, e não marginalizado.

Rodrigo é de uma geração posterior, mas está integrado ao grupo de cartunistas que fez do Tutti um ponto concorridíssimo às terças. Em outros dias, nem é frequente ver o bar aberto à noite – concebido inicialmente por Nani e seu ex-sócio, o fotógrafo de ZH Emílio Pedroso, para ser um espaço restrito, capaz de reunir jornalistas, humoristas, artistas e outros conhecidos da dupla, o Tutti segue servindo almoço de segundas a sextas e funcionando às quintas e às sextas-feiras à noite apenas esporadicamente. Santiago, Edgar Vasques, Bier e até Iotti – "O gringo criou o nome Tutti Giorni e até frequentava o bar antes de se tornar milionário", brinca Nani –, é que decidiram bater ponto no local todas as terças, o que levou o espaço a ser conhecido ainda hoje como "o bar dos cartunistas".

– Faço um trabalho social – diz o proprietário, agora falando sério. – O carreteiro aqui custa R$ 1,99. Saem 70 pratos por almoço. À noite, graças ao Tutti é seguro subir as escadarias do viaduto. O problema é o barulho? Fechamos à meia-noite, e a bebida acaba antes disso.

Nani tem 48 anos. É visível o desgaste que o processo provocou nele. Desde o início do imbróglio, nem aparece à noite no bar. Quem segura as pontas é o artista plástico Guilherme Moojen, 33 anos e cujo perfil no Facebook, até pouco tempo atrás, indicava um "relacionamento sério" com... o Tutti Giorni, o que dá uma ideia de sua dedicação ao bar.

– O Tutti é uma dessas contradições que, surpreendentemente, dão certo – afirma Edgar Vasques. – Porque foi fundado com duas intenções quase excludentes: o Emílio Pedroso pensava num bar para o happy hour dos colegas, e o Nani queria apenas servir almoço, a "vianda", aos moradores do Centro. Em duas décadas, no entanto, o bar nunca deixou de cumprir ambos os objetivos.






segunda-feira, 18 de junho de 2012

REVITALIZAÇÃO DO VIADUTO OTÁVIO ROCHA



É realmente de não se acreditar como ainda não foi melhor explorado este marco da cidade de Porto Alegre que é o Viaduto Otávio Rocha.
Aqui poderíamos explorar muitos aspectos, poderia começar pelas Categorias de Urbanismo e Turismo, se houvesse algum investimento de revitalização do Viaduto com a eliminação das pichações e da restauração das colunas e das calçadas, uma melhor iluminação, certamente o local atrairia maior movimento da população ao local e também de turistas. Me lembro que em razão da Copa de 2010 (eu acho) o viaduto ficou iluminado por lampadas verdes e amarelas e ficou um espetáculo, realmente lindo de quem passava por ali pela Borges de Medeiros.Uma pena que estas iniciativas não se mantenham de maneira permanente.
Oportunidades para se empreender não faltariam, estimulados pela maior movimentação de pessoas. Naturalmente com a maior circulação de pessoas, a sensação de Segurança também cresceria e possivelmente uma maior preocupação por parte da prefeitura em garantir a segurança dos frequentadores do local.
Há locais de comércio abandonados embaixo do Viaduto, providencias deveriam ser tomadas para a retomada das atividades no local.


Fonte: http://www.portoalegre.cc/causas/urbanismo/revitalizacao-do-viaduto-otavio-rocha/2289

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Viaduto Otávio Rocha – Inspiração que vem do passado


Por Adeli Sell


Os moradores de Porto Alegre que 80 anos atrás estiveram na inauguração do majestoso Viaduto Otávio Rocha jamais poderiam imaginar o seu estado atual de degradação. O cartão postal da cidade está absolutamente degradado, com expressivas infiltrações, pichações, mofo, péssimas condições de higiene, calçamento e iluminação deteriorados. Chegamos ao limite. Qualquer avanço na deteorização seria intolerável.

Desde sua construção o Viaduto Otávio Rocha é um importante ponto de referência de Porto Alegre. Possui uma estrutura de concreto armado, com três vãos e quatro rampas de acesso para pedestres. Na parte central, há dois pórticos transversais onde estão localizados dois grandes nichos, nos quais foram colocados dois grupos ornamentais. Todo o revestimento foi feito em reboco de pó de granito, de cor cinza, dando um aspecto de pedra aparelhada.

Não há dúvidas de que o Viaduto é marca arquitetônica e cultural de Porto Alegre e, na medida em que traz consigo parte da história da cidade, não deixa dúvidas de que é englobado pelo conceito de patrimônio histórico e cultural. É certo e inarredável o dever do Município na preservação do Viaduto.

Pouco mais de uma década depois de um arranjo pontual feito pela gestão do meu partido (que resolveu alguns pontos de infiltração e sujeira), agora fica visível que o problema é mais sério do que se imaginava. A situação de degradação vai além da estrutura. A pichação realizada de ponta a ponta, os moradores de rua – que não apenas se abrigam ali, mas atacam as pessoas e anarquizam a região – e a drogadição do local completam o cenário de abandono deste tradicional espaço da cidade.

A insegurança, por incrível que pareça, já foi bem pior. No entanto, os avanços que tivemos não conseguiram reverter o quadro de decrepitude do Viaduto. E isto contradita com as melhorias no entorno da Praça Daltro Filho, ainda em processo de recuperação, com seus sábados de manhã de feirinha, além da feira de antiquários na Marechal Floriano. O que se salva ali é as duas bancas de frutas que temos em cada lado da Borges de Medeiros, dando presença e vida a qualquer hora do dia. Mas o próprio comércio do Viaduto não condiz com os dias atuais. Afirmo isso porque vivi de um pujante comércio de livros, revistas e gibis usados ali por 16 anos.

Além de sua arquitetura exuberante, o Viaduto Otávio Rocha possui lojas comerciais de diversas atividades, como lancherias, artesanato, disco-fitas, serviços de fotocópias, bem como entidades representativas, como a Casa do Poeta do Rio Grande do Sul e a Associação de Moradores e da Etiqueta Popular. Também no Viaduto estão localizados alguns dos focos de resistência à Ditadura Militar: A ARI – Associação Riograndense de Imprensa e o histórico Teatro de Arena, além dos Hotéis Everest e Savoy.

Por concentrar tamanha representatividade, o poder público deveria garantir a Guarda Municipal para combater o vandalismo e a insegurança nesta região. A gestão sairia vitoriosa, pois diminuiria o seu gasto com a reposição de lâmpadas; os guardas garantiriam a segurança e poderiam ser “guias informais de turismo”. Também poderia buscar suporte no Sebrae e reciclar o comércio local, propondo novas soluções e outras operações. Pasmem, mas ainda tem copiadora de xerox como atividade principal numa das lojas. 
Propus ao prefeito passado, em reunião no Paço Municipal, usar aquelas salas fechadas das escadas para um SAT – Serviço de Atenção ao Turista – junto com um SAC – Serviço de Atenção ao Cidadão, onde on line e com um funcionário e estagiários, poder-se-ia acessar serviços, como o 156 da Prefeitura.

Minha proposta prevê, inclusive, dois espaços de cada lado, fora da Área Azul, para estacionar 15 minutos, com o objetivo de acessar estes serviços. Implementando estas iniciativas já teríamos uma nova dinâmica para este pequeno trecho, espaço bacana, com uma das obras de arte mais monumentais de nossa cidade.

Também não poderíamos pensar em melhorias para o Viaduto sem pensar em revitalizar o Teatro de Arena, que fica nas imediações do Viaduto. Poderíamos buscar parceira com os hoteis Savoy e Everest, em troca de contrapartidas e realizações de novas atividades turísticas. Pois onde não há circulação de pessoas, quando não existem atividades diferenciadas, que incentive o convívio entre as pessoas, perdemos a vida do local, como já previa, há 50 anos, a grande urbanista Jane Jacobs ao propagar a vida e a morte das grandes cidades.

Adeli Sell é vereador e presidente do PT de Porto Alegre.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Proibido para "Marketeiros Oficiais"

Por Romario Oliveira


Dia 08/06 passei pelo Viaduto Otávio Rocha em Porto Alegre.
Manhã gelada.
Borges de Medeiros Coração financeiro da Capital dos Gaúchos.
Testemunhei realidade, que muitos fazem questão de fazer de conta que não existe.
Brasil. Terra da Copa, das Olimpiadas e da Economia em alta.
Engraçado...
Nunca vi essa realidade na propaganda oficial.
E Assim o Mundo Gira e o Brasil se Afunda